PATRIA CELESTIAL
João 14:1-5
O SENHOR JESUS PROMETEU QUE NOS LEVARIA PARA O LUGAR QUE ELE MESMO PREPAROU.
O QUE NOS REVELA ESSA PROMESSA?
VEREMOS TRÊS VERDADES QUE ESTÃO CONTIDAS NA PROMESSA DO MESTRE.
Para melhor entendermos o assunto se faz necessário que tenhamos acesso ao contexto do evangelho de João e do contexto imediato ao texto por nós abordado.
Os evangelhos de forma geral nos trás informações sobre a vida e o ministério de Jesus. Um dos propósitos de João em seu evangelho é fazer com que seus leitores creiam em Jesus como o Cristo, o Messias, aquele que pode dar a vida eterna. Essa informação nós tiramos da ênfase dada pelo próprio João de que colecionou um número maior possível de sinais e prodígios para colocar em seu livro.
“Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” João 20: 30-31.
O evangelho de João é marcado pelo contraste, um dualismo vertical, como por exemplo, o de dois mundos (8:23; 11:9; 13:1; 16:11; 18:36). O dualismo mais notório por fazer menção de forma mais enfática é o de luz e trevas (1:5; 8:12; 9:5; 11:9; 12:35, 46). Outro contraste feito por João é o de carne e espírito. Carne aqui, não é descrito como algo mal como em algumas referências de Paulo, mas sim, referindo-se a humanidade, pois o próprio Jesus veio em carne e habitou entre nós. O processo natural humano é fraco, é deste mundo, não pode transcender, elevar-se para um mundo superior. João capítulo 3 revela isso muito claramente.
O contexto em que essa passagem se encontra é um momento de grande dificuldade, pois o Mestre estava pronto para morrer. Um dos discípulos era o traidor em João 13:21-30. O Senhor estava próximo de partir em 13: 33 - 36.
Tendo em vista este pequeno resumo do livro e do contexto, passemos para a abordagem do texto em questão.
I. O Senhor nos revela alívio.
Tendo os discípulos ouvido de Cristo que Ele partiria, ficaram atordoados e sem rumo na vida. A palavra que Cristo usou para definir o que se passava pelo coração deles é “turbar”. Essa palavra é muito forte, pois indica falta de sossego ou mesmo está transtornado com a situação que lhes pegou de surpresa.
Em meio a esta situação o Senhor diz “na se turbe o vosso coração”. Em outras palavras deveriam estar com os corações aquietados. Assim como Deus manda em Salmos 46:10 “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra”. Quando somos confrontados com os medos que nos assustam, ou com as tentações que tentam nos assolar, ficamos algumas vezes sem saber para onde nos movimentar.
O que os discípulos estavam passando não era fácil, pois eles tinham deixado tudo para seguir a Jesus e depois de três anos tudo parecia que ia por água a baixo. O que fariam agora? O que fariam aos discípulos aquelas pessoas que os viram com Jesus? Como se manteriam? Nesse caso alguns até tentaram voltar para fazer o que lhes era de comum e que sabiam fazer com muito saber. Em João 21:1-3 ele relata que foi em vão confiar em suas habilidade e conhecimentos.
Mas a situação não era fácil. O que eles fariam agora depois que o Senhor partisse?
Em nossos dias temos passados por muitas lutas. Muitas delas tem se tornado em um grande gigante para nós. O que fazer? Como lutar? Quando isso nos sobrevém é claro que clamamos por salvação, por solução dos nossos problemas. Em outras palavras queremos alívio. Quando isso acontece ficamos com o coração tão sossegado, tão calmo que nos da uma sensação de alívio, a palpitação do coração dá lugar a calmaria. Pense em quando você está sonhando com uma perseguição a você, e parece que não vai acabar e naquele momento parece real, quando você acorda seu coração vai desacelerando devagarzinho.
Era isso que estava se passando nos corações deles. Mas a promessa de alívio foi dada pelo Senhor.
II. O Senhor nos revela segurança.
O que nos vem à mente quando ouvimos de alguém nos fazendo uma promessa? Talvez algumas dúvidas surjam a partir daí. Como por exemplo: será que ele vai cumprir? Será que posso realmente confiar? Posso ficar despreocupado que ao voltar dos meus compromissos irei ver tudo aquilo que me foi prometido feito?
Segundo o que os discípulos já haviam visto de Cristo, poderiam eles duvidar de sua promessa? Diríamos com toda veemência que NÃO. Porem ainda houve quem duvidasse, Tomé disse que não sabia para onde Jesus iria em verso 5 do capítulo 14. E em 20:25 “Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei”.
Mas lembre-se que não foi somente Tomé que duvidou da promessa de Jesus, Pedro e alguns outros também duvidaram. O que João relata no início do capítulo 21 deixa claro a falta de confiança dos discípulos. E neste caso o Senhor já havia aparecido a eles.
E talvez digamos assim: se eu estivesse lá não duvidaria jamais. Será mesmo? Analisando nossas vidas hoje o que podemos dizer da credibilidade do Senhor.
Diante de tudo o que o Senhor já fez por nós qual tem sido nossa resposta as suas promessas? Temos dado crédito? Ele garantiu que voltaria e que estaria com eles. E conosco também.
Vejamos o que nos diz a Escritura Sagrada:
Josué 21:45 “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o SENHOR falara à casa de Israel; tudo se cumpriu”.
Atos 13:23 “Da descendência deste, conforme a promessa, trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus”.
Hebreus 6:13 “Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo”.
Hebreus 6:15 “E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa”.
Um dos maiores exemplos pra mim de que o que Deus promete se cumpre é a história da cidade de Tiro. Onde diz que ela seria destruída e varrida para o mar e de lá seria feito um lavadouro de redes. E mais de trezentos anos depois a promessa se cumpre com Alexandre o Grande.
III. O Senhor nos releva que esse lugar é o Céu.
Às vezes usamos a seguinte expressão: esse lugar é um céu. Tentando expressar nossa satisfação naquele lugar onde estamos. Na verdade nada se compara a esse lugar. No entanto não falaremos hoje sobre esse lugar. Porém apenas queremos registrar que o lugar que Deus tem-nos preparado é um lar celestial, o céu. Eis aí algumas referências.
Salmos 33:14 diz “do lugar de sua morada, observa todos os moradores da terra”. 2 Crônicas 32:20 diz: “ Porém o rei Ezequias e Isaías, o profeta, filho de Amoz, oraram por causa disso e clamaram ao céu”. Filipenses 3:20 diz: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”. Também em Mateus 6:9 diz: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome”.
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