quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vassos de barro

VASOS DE BARRO
II Coríntios 4: 1-7

1 Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos (perdemos as forças);
O apóstolo Paulo coloca o seu ministério debaixo das misericórdias (não dar aquilo que merecemos) de Deus, assim como ele também menciona no capítulo 1: 3 no contexto de suas lutas e perigos que havia enfrentado. Capítulo 3: 5 diz: “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus”. Se os seus opositores que estavam infiltrados na igreja de Corinto estavam querendo difamar a Paulo, ele diz que não depende de nenhuma carta de recomendação de nenhum deles muito menos dos próprios coríntios, pois sua carta estava escrita nos corações deles conhecida por todos os homens.
É importante falarmos desse ministério que Paulo menciona. No Capítulo anterior ele nos dá maiores informações. É interessante notarmos que na glória transmitida por Moises quando ele desceu do monte era grande, mas ela não era permanente. Ela se desvaneceu, perdeu sua força. No verso 18 do capítulo 3 Paulo esta dizendo: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”. Veja agora que nós é que estamos refletindo a glória do Senhor como que por um espelho. Veja quão grande responsabilidade temos nós de apresentarmos a glória de Cristo, sua luz. Em Mateus 5: 14 e 15 diz: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa”. Ele diz que ao contemplar essa glória nós somos transformados. É como que olhando para Cristo vemos que precisamos de transformações e a cada dia o Senhor vai nos transformando de glória em glória. Isso quer dizer que essa glória não é só permanente, mas é também crescente. Cada vez mais estamos sendo parecidos com o Senhor. Paulo deixa claro que o propósito de ter-nos escolhidos e regenerados é “para serem conformes à imagem de seu Filho” Romanos 8: 29.

2 pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia (estratagema, ou fingimento para conseguir um fim), nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.
A igreja de Corinto não era repleta de pessoas de grandes posses ou de pessoas bem dotadas da educação oferecida naquela época, mas o povo tendia a realizar conflito entre eles e ficavam fazendo comparações desastrosas entre os líderes da igreja. E mais, eles queriam fazer com que pessoas de grandes posses e da mais alta classe da cidade de Corinto, fossem convertidas por meio do oferecimento de um evangelho distorcido e fácil. Por isso que ele menciona que alguns para conseguir atingir seu alvo agiam com astúcia, fingimento ou estratagema. Como crentes como luz neste mundo, devemos manifestar a verdade de Deus. Por isso que é tão importante o nosso proceder bem, tanto aqui na igreja como fora dela.
Não podemos deixar o compromisso com a verdade de Deus, pois o Senhor é o SIM e o AMÉM. Nele não há dúvida. Ele não é uma hora o sim e outra Ele é o não. Não existe isso com o Senhor. O Evangelho do Senhor não pode ser mudado para que nós sejamos agradados, tenhamos o nosso ego massageado, ou coisa do tipo. Se for outro Evangelho que não seja a genuína palavra de Deus, não tem valor nenhum e por isso deve ser descartado. O senhor nos advertiu para que tivéssemos cuidado com os lobos, os falsos mestres e já no primeiro século tinha gente querendo mudar a cara do Evangelho de Cristo.

3 e 4 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
Existe um véu que ainda está tampando e dificultando aos incrédulos, ver a glória do Senhor. A retirada desse véu dá acesso à glória permanente de Deus. O Autor da carta aos Hebreus no capítulo 10 e verso 20 diz: “pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne”. Agora, nós os crentes, podemos ver e ter a glória de Deus em nós. Porem satanás tem cegado o entendimento daqueles que não crêem.

5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus.
Mas uma vez aqui, Paulo está deixando claro que o conteúdo da mensagem é cristo, e não eles mesmos. E que Cristo é o Senhor de nossas vidas. Muitos querem ter a Cristo em suas casas, no pescoço, na sala de estar e etc, mas como Senhor de suas vidas nem pensar.
E não somente isso, mas também ele se doa como servo dos destinatários (coríntios), por amor a Cristo.

6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.
Paulo agora volta seu pensamento para o poder criador de Deus, enfatizando que se a criação foi feita por Ele, a luz do evangelho, o conhecimento da glória de Deus, também, será obra dEle mesmo na pessoa de Cristo. O próprio Paulo tinha visto a luz do Senhor arrancar-lhe dos olhos como que umas escamas. Atos 9: 3, 4 e 18 “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado”.

7 Temos, porém, (Conjunção adversativa) este tesouro em vasos de barro, para que a excelência (Grau elevado de perfeição, de bondade; superioridade) do poder (mesma palavra usada em Rm 1: 16, dinamis, de onde vem nossa palavra dinamite) seja de Deus e não de nós.


• Todos nós estamos dentro do plano de Deus

• Qual é então nossa parte? E Por que?

• A nossa parte no plano de Deus é sermos vasos de barro. E veremos tre razões para nos alegrarmos no plano do Senhor.

Todo barro precisa de um oleiro.
Se não existisse o oleiro como fazer o vaso? Para que haja a forma do vaso é necessário ter um oleiro. Devemos entender primeiramente que sem o criador do vaso não somos nada, continuaremos sendo apenas barro, sem alguém que nos dê a forma.
Sendo Deus o criador desses vasos de barro, Ele tem o direito de fazer do jeito que Ele quiser. Como poderia o barro olhar para seu criador e dizer na me faça assim ou assado? Jeremias 18; 4 diz “Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu”. A criatura não pode mandar no criador. Na ocasião em que foi dito isto, Israel estava afastada do Senhor, não lhe queria dar ouvidos.
Conversando com uma senhora outro dia ela disse que agora entendia por que estava passando por aquela situação. Ela tinha sofrido durante muitos anos se perguntando por que Deus fez isso com ela. Mas agora ela entendia tudo. Ela era apenas um vaso onde o criador tinha o direito de fazer o que bem entendesse para o louvor da sua glória.
Às vezes é necessário quebrar e fazer novo vaso. Quando o vaso ta tomando um rumo que não era o que o oleiro queria então tem que refazê-lo. Espero que se houver necessidade de Jesus quebrá-lo não traga a você tantas dores como o daquela senhora que encontrei certo dia.

Todo vaso de barro é frágil.
Mas como já vimos, além de termos necessidade de um oleiro, devemos reconhecer que todo vaso de barro é frágil. Não foi sem motivo que Paulo usa essa ilustração, assim também como Davi usa a ilustração de ovelha. A ovelha é indefesa e necessita de cuidados. O vaso também necessita de cuidados especiais. Para que não venhamos a nos achar o Maximo devemos ter isso bem claro em mente, somos carentes de cuidados especiais não somos um fim em nós mesmos.

Todo vaso tem uma utilidade.
A nossa é levar um tesouro. Marcos 14: 3
Mt. 6 : 21


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